O BOM CANALHA

Quem somos nós, poderia questionar o poeta. Somos assim tão desprezíveis ao ponto de sermos tratados como escória da humanidade? Que lástima, que inútil verter essa força natural classificando-a como de menor valor ou mesmo sem valor algum. Riem de minhas tolices, meninices, inflamam-me com palavras vis, chamam-me de canalha. Não sejam miseráveis, eu afirmo, repitam suas rezas em voz alta e se apiedem de vossos espíritos sórdidos e embaraçados. Eu consigo dormir muito e bem. Mas vocês, legisladores da moral e dos bons costumes, tramam com seus travesseiros e perdem-se em sonhos pesados. Por muito menos o homem pisou na lua. Boa noite. 

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