Velhos fantasmas

A mesma turma do ano passado. Velhos, casais, crianças, solteironas, solteirões,  como eu, esperávamos o ônibus que nos levaria ao aeroporto. Para onde ia-mos parecia ser um desses hoteis para meia idade. Malas, mochilas, sacolas, bolsas baratas e muitas outras coisas pelo chão. O ônibus chegou. Logo  os velhinhos e as velhinhas estavam acomodados. As crianças nos colos de seus pais e algumas lá atrás juntas com os solteirões. Rodamos uns quinze minutos e entramos no aeroporto. Da janela do fundão pude ver sentados em um banco de concreto com as pontas viradas duas pessoas. Um cara com jeitão de moleque e uma garota, de calça jeans mini blusa vermelha e chinela. Cabelos longos. Sorriso estampado na mesma boca perfeita. Me esquivei na janela. Estacionamos e todos descemos. Alguém avisou que tínhamos tempo para comprar coisas pelo aeroporto.  Como eu sabia que havia uma venda ali perto fui caminhando. Na rua encontrei uma banda de rock e um amigo. Fiquei na esquina da venda. Uma sacola na mão. Esse amigo me acompanhou até entrar em uma rua. Segui em direção ao aeroporto. Voltei um pouco na esquina e vi que aquele amigo entrava em uma rua de mato. Voltei para o aeroporto. A molecada descia o tobogã enquanto eu olhava.

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