O gato

 Estou de olho nele. Agora mesmo. Seu pelo está mal tratado e sujo. Tem o mesmo aspecto de sofrimento que percebemos em nós mesmos. Imóvel. Sobre as telhas do vizinho. Logo me vem um outro vagabundo e nos juntamos nesta tarde quente em que os gatos estão para governar o mundo. 


Até o psicopata do Manson foi capaz de dizer façam. Ora porra!  Nem a coca cola tem  esse poder. Vejam a complexa indústria do futebol. Para não fugir do tema, e bem próximo,  a copa do catar. Foi divulgado o número de pessoas mortas durante a construção dos 7 estádios sendo outro para reforma. 8 ao todo. 500 pessoas.  Em 1 ano e meio. Muito bem,  por onde entramos na residência de um um nobre?  


Li "os gatos" de Charles Bucowisk. Tarde ou cedo parece que os gatos vivem na sarjeta para terem por que brigar.

Leo Leopoldo Leonardo,  para os íntimos Leo,  foi um bicho caseiro. Mesmo as saídas ocasionais remetiam a um vagabundo, um herói canalha para os filhos, muitos. Nunca o  vi de mão leve nem mole. Gato cinza com listras pretas finas e grossas que o  lançavam e dançavam na área,  bem deitado. Outro dia desses que a lírica venceu e a gula fartou-se. Deitei na sala, no chão da sala, a porta da frente aberta. O piso ainda era de taco. Pequenos tacos formando algo fácil de se imaginar. Nem quadrado nem retangular,  do tamanho exato,  bem limpo, encerado, me joguei com a preguiça e a gula naquele lugar de paz. Olho o azul do céu lá fora, bem longe, meus olhos doeram. Mas acompanhei o avião até passar por duas aves.

Corriam lágrimas dos olhos secos. Realmente eram dois urubus. Longe. Logo notei a semelhança do vôo em círculo que o bando faz, deste modo nos mostram os filmes capangas estadunidenses que os índios agiam desta maneira quando estavam conquistando na batalha e após o conflito, comemorando.   

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