As aventuras de Stone Hemp 2

2. Capítulo 2.

Nem sei onde guardei a baga. O editor vai me encher o saco. Eu nem sou escritor. Sou uma piada. Isso é fácil de perceber, você não fazia isso. Com quantos benflogins se chega ao pódio?  Não merece ser lembrado por isso. Neste mundo que estamos construindo onde cada dado mudou para cuidado. Eu entrei na padaria. O pão era servido no fim do pequeno e arrumado prédio. Dez pães,  por favor. Francês, ceda e doce, pode ser sem coco. Ao lado esquerdo uma jovem branca, sorridente, linda e brilhante. Ficou devendo 25 centavos no troco. A rua era de terra. Esgotos de pia e banho escorriam rua abaixo. Os idosos saiam menos neste período.  Na escola nada mudava. Dois gatos pretos na calçada do posto. Deve ser o cheiro da rua. Pensei ser uma sombra de dois gatos ou um gato com duas sombras?  A praça de interior é mágica.  Ao seu tempo nova função social faz roda e empurra a cultura. Será isso?      


Vi um ponto escuro na tela achei que estava finalizando algo. Mas era somente um ponto sujo de cinza. Coisa essa não faz diferença. Não naufraga no caos. Eu vi um acidente com pessoas. Sempre recordo aquela noite. Na escola. Foi castigo por repetir a sexta série.  Maristela. Trabalhadores embaixo de um caminhão caçamba capotado. Gritos e sangue. Não suportei nem ver pelas brechas entre os curiosos, voltei pra sala, vai ter aula?


Dá pra começar pelo menos...

se o corretor concordar.

Capim seco alto cortando os braços,  o rosto, porra de bolero troncho do caralho. Era pra comer cambuí, fruta Silvestre.  Uma baga. Fruta ruin da porra. Fumei e fiquei tonto. Qual era a saída daquele jardim de coisas mortas?  Tomava banho quando ouvi a voz de Era. Entrou e! Ficou no quarto mexendo sem saber no que ou para quê?! Entrei de toalha. Fechei a porta. Havia uma fita. Com canções para fazer meninos. Puxou a toalha e beijou o pqno josa. Lambeu e  cuspiu. Tirou a blusa, as duas peças da criação sem defeito. Brancos. Perfeitos. Rosa almofada. Não posso segurar o que nasceu para correr.  Tomamos banho juntos pela primeira vez. Como parar de te beijar. Te amar. Te curtir. Ali. Sempre foi bom. Talvez. 


Noite de vento frio. Alimentar os bichos. Vejam isso, Catarina montando em Lutero.  Gostam da putaria desde cedo. Algumas vezes fui usado como desculpa para visitar a amante. Um jeep 78 azul com um amparo no carona acolchoado. Vermelho amarelo, sem desenhos, colorido e sujo, de segurar sempre. Fomos na casa da outra, dona zá, morava num sítio,  terra vermelha na lua minguante. Risadas e brindes mais tarde ele chegou. Ligou o jeep já dando ré. Lembram do amparo acolchoado?   Era meu deus. Vamos pai. Eu acordava ele. Merda! Ele dorme fácil.  Vamos parar?  Não,  ele abriu os olhos. Bem, é bom anotar, essa arrumação,  de noite. O pique da aventura foi cruzar a BR sem a menor responsabilidade. Um toque de buzina de Mercedes-Benz antigos, seguidos, altos e quase nos pega em cheio. Bem, de ouvir dizer tem muito. Agora vou escutar o povo e aprender a ser humilde.

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