SOCIAL 1

Os deuses, a filosofia, a ciência, os céus, os mares, a esfera terrestre... As pessoas.

Finco a pedra fundamental de um tratado sobre a vida contemporânea, sobre a civilização Latina, sobre a nação de muitas culturas, sobre o Brasil. Mas um Brasil que vem misturado. Um Brasil que vem ao longo dos anos, mal tratado pelos governantes, eu me refiro ao Brasil das pessoas que realmente sentem na pele o desserviço do seu governo. Sim, finco hoje a pedra fundamental de uma odisseia de contos e artigos onde espero ter condições de contemplar um fio ou parte desse fio no emaranhado complexo de uma sociedade em ebulição. 
A época é compreendida entre os anos 80 e 2017. Em plena década de 80 eu consegui abrir os olhos para uma parcela da vida além do muro da minha casa. Uma libertação masculina. Algo impensável para o universo feminino. Com os meus olhos se abrindo vi o mundo crescendo a minha frente, pra cima, pra baixo, pros lados e vi também os horizontes. Cada avenida me levava a uma ilha. Para chegar a estas ilhas eu precisava vencer os obstáculos. A vida se apresentava para mim com seus tentáculos destruidores confundindo meus sonhos, mas me fazendo crescer. 
As ruas de um interior do nordeste em 1980 ainda causavam poeira no sapato. As festas eram chamadas de domingueiras e as sessões mais cedo eram chamadas de matinês. As festas sempre começavam com as músicas da discoteca internacional, em seguida as discotecas nacionais, e por fim as clássicas músicas lentas internacionais, onde no meio do salão, os grupos que dançavam soltos, enamoravam-se e passavam a dançar juntos, coladinhos, cheirando o cangote um do outro. Havia um bar dentro do ambiente que facilitava a embriaguez dos mocinhos e das mocinhas. (continua)  

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