No mercadinho de Gramado

O frio tão esperado em solo gaúcho tardou a vir. Havia um tipo de serenidade, 24º na pracinha de frente à uma ou duas lojas. Então e mesmo assim e por isso, resolvi procurar um mercadinho para pegar um conhaque Drheer que não tinha e fui obrigado a levar o que tinha, "Presidente" com a estúpida desculpa de ter água a disposição no quarto, um doce, um chá, é verdade que o chá teria que ser estrategicamente pensado. Com certeza a garota ou o gaúcho de plantão naquela pousada me ajudaria a esquentar um pouco de água para fazer meu chá. Fomos, eu e Deise, pela manhã  pelas ruas e calçadas e todo o resto confiante que ia comprar suco. As ruas parecem sempre limpas. Um asfalto preto com aparência de estar úmido se mostrava dentro do padrão eu acho. Era estreita. Mas de outro aspecto. Rua de burguês. acredito que este é  o "padrão da classe dominante" que constrói um status de superioridade... Ou seria em mim um antagonismo tal que fosse possível que a doença do complexo de cachorro vira-latas surgisse as escondida, entorpecida na alienação, sem jamais descobrir à qual classe social pertencera. A primeira coisa que eu fiz foi observar o ambiente. Bem, por ali andaram os primeiros alemães, Italianos entre outros. Então fica tranquilo observar sem tanto preconceito besta. As casas num estilo europeu em Madeira e Grama inclusive alguns que aderiram aos muros entre as casas, estes, o fizeram "muros vivos verdes", onde a grama abraça-se com uma espécie de trepadeira cobrindo o muro num visual de invejar de tanta beleza. Mas chegamos, enfim, ao mercadinho e logo  fomos a atração. "Devem ser os negros do Nordeste que ficam naquela pousada brega lá atrás"  quase que eu chego a ouvir. Meu problema era outro. (...)

Comentários

Postagens mais visitadas