Paredes




Guache na parede 
Pronto socorro.

Eu encontrei esta imagem aos meus 6 ou 70 anos. Um ônibus. Lotado. Todos espremidos, agarrados nos corrimões. A curva. Era o que eu mais curtia. Como tudo na vida muda mudar é pecado. Não se destrói o que o criador fez. Nem se transforma. Salvo, alimentos e lã. O que me trás para 1977. No centro de Natsl. A casa da maçã.  A rua Jundiaí. Os ônibus. A etfern. Os ônibus fazem a curva. Essa imagem. Deliciosa de um urbanismo crescente. Um velho só vive feliz quando a fumaça do cachimbo lhe invade os olhos e o nariz.  A fumaça que já foi sinal.  Nunca pesquisei essa tal mensagem de fumaça.  
Eu sou filho de nordestino, Paraiba, catolé, distrito de Tangará, RN. 
São duas famílias pobres. Cresci pulando de casa. A última a fosua estourou embaixo da pia da cozinha. 

Eu costumava... Não!  Não é esta a palavra para um novo sentimento. Emoção.  Talvez. Na busca de uma dica. De uma pista. Somente uma. Para compreender o mundo. Então. Vieram muitos. Mais. Até que na tela toda azul havia apenas um urubu. 
Seria um sinal? Eu sou vasco. 

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